Moscou - A Rússia se opõe às sanções que os Estados Unidos se preparam para adotar contra a Venezuela pela repressão dos protestos antigovernamentais, afirmou nesta quinta-feira (29/5) o chanceler russo, Serguei Lavrov, em uma coletiva de imprensa junto ao seu colega venezuelano, Elias Jaua.
[FOTO1]"Todos os problemas (de um país) devem ser resolvidos de forma constitucional, sem nenhuma ingerência externa, nem mesmo sob forma de sanções ou ameaças de sanções", declarou o chefe da diplomacia russa. "Ratificamos nossa solidariedade com o governo de Nicolás Maduro, em seu empenho para superar certas dificuldades na Venezuela e de iniciar um diálogo (...) com a oposição", acrescentou.
A Câmara de Representantes do Congresso norte-americano aprovou na quarta-feira (28/5) um pacote de sanções contra funcionários da Venezuela por supostas violações de direitos humanos durante as manifestações antigovernamentais. Estas medidas devem ser votadas agora no Senado antes de se converter em lei. Caso o presidente Barack Obama dê sua aprovação definitiva, incluirão o congelamento de ativos e a negação de vistos a funcionários venezuelanos.
Os protestos iniciados em fevereiro contra o presidente Maduro, que deixaram 42 mortos, diminuíram nos últimos dias, embora a tensão persista pelo congelamento do diálogo entre o governo e a oposição. Rússia e Venezuela estreitaram nos últimos dias seus vínculos econômicos, políticos e em matéria de defesa. A aproximação começou sob a presidência de Hugo Chávez e prosseguiu com seu sucessor e herdeiro político, Nicolás Maduro.
Os dois países se converteram em aliados diplomáticos. A Venezuela expressou seu apoio à Rússia contra os países ocidentais na atual crise da Ucrânia.