Maputo - A diretora do FMI, Christine Lagarde, comemorou nesta quarta-feira (28/5) o avanço das economias africanas na última década como sendo "extraordinário." Na véspera de uma conferência em Maputo que reunirá políticos da região, Lagarde disse que é hora de dar início "à próxima fase do seu desenvolvimento econômico".
A região da África Subsaariana deve crescer mais de 5% neste ano, de acordo com as últimas projeções do FMI, após ter exibido crescimento semelhante no ano passado. Mas havia um sinal de cautela em meio à vertiginosa expansão econômica.
"Ainda há um longo caminho pela frente para concretizar as aspirações do continente: a extrema pobreza ainda está muito presente e há novos desafios impostos pela economia global", afirmou. Enquanto políticos fazem um balanço da grande performance econômica da Africa, muitos estão atentos aos riscos futuros.
A região pode enfrentar uma retração na demanda por suas exportações, com a desaceleração de importantes mercados emergentes como Brasil, Índia e, sobretudo, China. Pequim é o maior comprador dos recursos africanos, do cobre ao petróleo e ao gás. Em cidades com crescimento acelerado, como Maputo, a presença da China é evidente, do aeroporto construído pelos chineses até os executivos que conversam em celulares enquanto transitam de reunião em reunião.
Mas a pobreza continua sendo o maior desafio do continente. Antes do encontro em Maputo, grupos de defesa dos direitos humanos questionaram o atual otimismo em relação ao "ascensão da África." "A África não está ascendendo para os cidadãos comuns", afirmou a diretora-executiva da Oxfam, Winnie Byanyima, afirmando que levará questões sobre o crescimento da desigualdade para a conferência do FMI.
A região da África Subsaariana deve crescer mais de 5% neste ano, de acordo com as últimas projeções do FMI, após ter exibido crescimento semelhante no ano passado. Mas havia um sinal de cautela em meio à vertiginosa expansão econômica.
"Ainda há um longo caminho pela frente para concretizar as aspirações do continente: a extrema pobreza ainda está muito presente e há novos desafios impostos pela economia global", afirmou. Enquanto políticos fazem um balanço da grande performance econômica da Africa, muitos estão atentos aos riscos futuros.
A região pode enfrentar uma retração na demanda por suas exportações, com a desaceleração de importantes mercados emergentes como Brasil, Índia e, sobretudo, China. Pequim é o maior comprador dos recursos africanos, do cobre ao petróleo e ao gás. Em cidades com crescimento acelerado, como Maputo, a presença da China é evidente, do aeroporto construído pelos chineses até os executivos que conversam em celulares enquanto transitam de reunião em reunião.
Mas a pobreza continua sendo o maior desafio do continente. Antes do encontro em Maputo, grupos de defesa dos direitos humanos questionaram o atual otimismo em relação ao "ascensão da África." "A África não está ascendendo para os cidadãos comuns", afirmou a diretora-executiva da Oxfam, Winnie Byanyima, afirmando que levará questões sobre o crescimento da desigualdade para a conferência do FMI.
Ela acrescentou que a sonegação fiscal por parte das multinacionais tem sugado a renda do continente. "Temos seis das dez economias com maior crescimento econômico do mundo, e o rápido aumento do número milionários cresce mais do que em qualquer outra região do mundo". "Contudo, a África abriga seis dos dez países mais desiguais do mundo. As 50 pessoas mais ricas na África ganham cerca de 15% do PIB do continente", acrescentou Byanyima.
Moçambique é um exemplo gritante. De acordo com Byanyima, este ainda é um dos países mais pobres do mundo, apesar do constante crescimento econômico de mais de 7% ao ano na década passada. Duas décadas após o fim da devastadora guerra civil, o país registra um intenso fluxo de capital estrangeiro no país, direcionado para as descobertas de reservas de carvão e gás natural.
Moçambique é um exemplo gritante. De acordo com Byanyima, este ainda é um dos países mais pobres do mundo, apesar do constante crescimento econômico de mais de 7% ao ano na década passada. Duas décadas após o fim da devastadora guerra civil, o país registra um intenso fluxo de capital estrangeiro no país, direcionado para as descobertas de reservas de carvão e gás natural.