Jerusalém - Israel hospitalizou 40 presos palestinos que se recusavam a aceitar a alimentação há um mês para denunciar sua detenção, anunciou nesta quarta-feira (28/5) a porta-voz do serviço penitenciário, Sivan Weizman. Os detentos estão em condição "razoável", afirmou Weizman. O grupo de presos se recusa a comer há quase cinco semanas para denunciar a detenção sem julgamento.
Outros presos se uniram ao movimento, que agora conta com 240 pessoas em greve de fome, explicou Weizman, que teme o aumento do número de presos hospitalizados. O ministro palestino para os Presos, Issa Qaraqeh, disse que alguns detentos estavam em situação "muito grave".
As autoridades palestinas estão em contato com o lado israelense "para evitar qualquer complicação provocada pela morte de presos", afirmou Qaraqeh à AFP. Quase 5.000 palestinos estão detidos em prisões israelenses. Entre o grupo, 200 estão submetidos a uma ordem de detenção administrativa, com a qual é possível manter um suspeito preso por um período máximo de seis meses sem a necessidade de julgamento. Um tribunal militar pode renovar de forma ilimitada as ordens de detenção.