O chefe da diplomacia russa não anunciou, no entanto, um reconhecimento formal da legitimidade do novo presidente ucraniano. "Como disse o presidente (Vladimir Putin), respeitaremos o resultado decidido pelo povo ucraniano", se limitou a declarar. A eleição de Poroshenko coroa para Kiev o processo iniciado com a destituição em fevereiro, pelo Parlamento ucraniano, do presidente pró-Rússia Viktor Yanukovich, após vários meses de protestos violentos. Mas a votação não aconteceu na maior parte do leste do país, que está em aberta rebelião separatista.
Putin afirmou na semana passada que consideraria "com respeito" o resultado da eleição na Ucrânia, mas sem pronunciar-se sobre a legitimidade da votação. Segundo Lavrov, "o mais importante é que as atuais autoridades (ucranianas) respeitem os cidadãos, o povo, e permitam alcançar compromissos que levem em consideração todas as forças políticas".
Ele condenou a operação "antiterrorista" do governo ucraniano contra as forças pró-Rússia do leste. "Seria um erro colossal prosseguir com a operação" advertiu, antes de pedir o respeito ao ;mapa do caminho; da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE).
O plano prevê o fim da violência e uma anistia aos opositores pró-Rússia, o desarmamento dos grupos armados e o "retorno do monopólio da força ao Estado", a promoção do diálogo nacional e a organização das eleições presidenciais que aconteceram domingo.