Los Angeles - Autoridades acreditam que o homem que matou seis pessoas na California tenha agido sozinho e investigam como possível prova o vídeo "Retribution", cheio de ameaças, publicado pelo autor dos disparos no YouTube. "A polícia está analisando provas escritas e gravadas que sugerem que essa atrocidade foi um massacre premeditado", disse o chefe de polícia do condado de Santa Barbara, Bill Brown. Um vídeo publicado na Internet e divulgado pela imprensa americana interessa particularmente aos investigadores, porque "parece ter ligação com o tiroteio", indicou Brown.
[SAIBAMAIS]Na gravação, aparece um jovem que se filma no carro e fala por sete minutos sobre sua solidão e seu ódio do mundo. Ele também se revolta contra as mulheres que o rejeitaram e ignoraram-no nos últimos anos e promete: "vou castigar todas vocês por isso". "Vou massacrar cada vagabunda loira, mimada e metida que via lá dentro, e todas essas garotas que eu tanto desejei e que me rejeitaram e me olharam com desprezo, como se eu fosse um homem inferior", declara o jovem, no vídeo.
Os tiroteios são um fenômeno recorrente nos Estados Unidos. Os mais graves dos últimos anos foram os da escola de Columbine (Colorado, 13 mortos, 1999), campus de Virginia Tech (32 mortos, 2007), escola Sandy Hook, em Newtown (Connecticut, 26 mortos, incluindo 20 crianças, 2012), cinema perto de Denver (12 mortos, 2012) e o prédio da Marinha americana, em Washington (13 mortos).
O FBI registrou 170 tiroteios com pelo menos quatro vítimas fatais desde 2006.
Entenda o caso
Um homem matou seis pessoas e feriu outras sete na noite desta sexta-feira no sul da Califórnia, após atirar contra as mesmas de dentro de seu carro, onde, mais tarde, foi encontrado morto pela polícia. O ataque aconteceu em um bairro de Isla Vista, perto do campus da Universidade da Califórnia. O agressor dirigia um carro preto e atirou contra pedestres em vários pontos da cidade, antes de ser morto, relatou o chefe de polícia do condado de Santa Barbara, Bill Brown, em entrevista coletiva na madrugada deste sábado.
Peter Rodger, um assistente de direção do sucesso de bilheteria "Jogos vorazes", que em 2012 lançou a atriz Jennifer Lawrence à fama internacional, acredita que o agressor seja seu filho Elliot, de 22 anos - revelou o advogado da família, Alan Schifman, contactado pela rede ABC News.
Segundo Schifman, Elliot sofria de "uma síndrome de Asperger altamente funcional" e estava sendo tratado por vários profissionais. O advogado acrescentou que a família está "devastada" e que dirige suas "sinceras condolências a todas as famílias das vítimas".