Um funcionário do ministério do Interior, Andrei Chaliy, considerou que "a ameaça de uma agressão russa e as ações dos separatistas no leste da Ucrânia, que prometeram impedir o evento eleitoral, colocavam em risco estas eleições".
Os ocidentais consideram estas eleições como uma etapa crucial para solucionar a crise, que deixou dezenas de mortos neste país à beira da guerra civil.
[SAIBAMAIS]
Moscou, acusado por Kiev e pelos ocidentais de apoiar os separatistas pró-russos, desmente qualquer apoio logístico a estes rebeldes armados e coloca em xeque a legitimidade de uma eleição presidencial realizada "no fragor das armas".
O grande favorito, com mais de 30% das intenções de voto, é o multimilionário Petro Poroshenko, que resumiu em uma frase seu programa: "Colocar fim em três meses à crise com a Rússia".
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O Parlamento ucraniano, embora tenha adotado na terça-feira uma resolução não vinculante para conceder mais poderes às regiões separatistas e melhorar o status da língua russa, reiterou que Kiev colocará fim à operação militar lançada em 13 de abril no leste se os separatistas depuserem suas armas.
No entanto, a Rússia pediu para ir mais longe e "colocar fim às operações militares" com o objetivo de "buscar os meios para chegar a uma verdadeira unidade nacional", declarou o vice-ministro das Relações Exteriores, Grigori Karasin, citado pela agência russa Ria Novosti.