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Palestinos acusam Israel de ter executado deliberadamente dois adolescentes

Cerca de 200 jovens palestinos entraram em confronto com soldados israelenses nesta região após as manifestações

Uma autoridade palestina denunciou nesta terça-feira (20/5) a "execução deliberada" de dois adolescentes palestinos, mortos pelo Exército de Israel durante a "Nakba", que lembra o êxodo de centenas de milhares de palestinos no momento da criação do Estado de Israel em 1948.

A dirigente da Organização de Libertação da Palestina (OLP), Hanan Ashraui, fez estas declarações após a publicação de um vídeo (http://www.dci-palestine.org/documents/israeli-forces-shoot-and-kill-two-palestinian-teens-near-ramallah), datado de 15 de maio, no site de uma ONG, que mostra os dois jovens andando perto de um prédio e caindo de repente, aparentemente depois de terem sido baleados.

Em um comunicado, Ashraui "condena a execução deliberada de dois adolescentes palestinos", acrescentando que "os dois rapazes não estavam armados e não representavam uma ameaça direta nem imediata".

No entanto, um porta-voz militar israelense considerou que o vídeo foi manipulado. De acordo com o comandante Arye Shalicar, a investigação que está sendo realizada pelo Exército sobre essas mortes não "estabeleceu (que tenha havido) tiros com balas de verdade".



A ONG Defense for Children International Palestine, que publicou o vídeo, afirma ter obtido as imagens a partir de câmeras de vigilância instaladas perto do prédio, nos arredores da prisão militar de Ofer.

O dois jovens palestinos foram mortos na quinta-feira, 15 de maio, pelo Exército israelense na Cisjordânia durante as manifestações pela "Nakba".

De acordo com fontes médicas, eles foram baleados no peito durante confrontos com soldados israelenses perto da prisão militar de Ofer e morreram no hospital para onde foram levados.

Um porta-voz militar israelense considerou que o vídeo foi manipulado. De acordo com o comandante Arye Shalicar, a investigação que está sendo realizada pelo Exército sobre essas mortes não "estabeleceu (que tenha havido) tiros com balas de verdade".

A Anistia Internacional acusou as forças israelenses "de uso excessivo da força, em alguns casos mortal, em resposta a manifestantes que jogam pedras e não podem representar uma ameaça à vida dos soldados e dos policiais no interior ou em torno de uma área militar fortificada".