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Rússia anuncia retirada de tropas e pede a mesma decisão a Ucrânia

Na Ucrânia, a "Rússia pede o fim imediato da operação de repressão e da violência, assim como a retirada das tropas e a solução de todos os problemas existentes por meios exclusivamente pacíficos"

Moscou - O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou nesta segunda-feira (19/5) a retirada das tropas que realizavam manobras perto da fronteira com a Ucrânia e pediu a Kiev que retire "imediatamente" os militares da região leste pró-Moscou do país, anunciou o Kremlin. "Vladimir Putin deu a ordem ao ministério da Defesa de devolver as tropas a suas guarnições [...] após a conclusão dos exercícios que exigiram seu deslocamento às regiões de Rostov, Belgorod e Briansk", afirma um comunicado do Kremlin, citado pelas agências russas.



[SAIBAMAIS]Como da primeira vez, os insurgentes separatistas, chamados de "terroristas" por Kiev, não estavam representados e o primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, rejeitou a ideia de federalismo. Moscou, acusado pelo governo pró-Ocidente de Kiev de apoiar os separatistas no leste do país, respalda o princípio de uma reforma constitucional na Ucrânia que leve em consideração a vontade das regiões pró-Rússia do leste.

Os referendos organizados nestas regiões, denunciados por Kiev e pelos países ocidentais, deram uma vitória ampla ao desejo de independência. A Rússia questiona a legitimidade da eleição presidencial de 25 de maio na Ucrânia, quando o governo ucraniano realiza uma operação armada que Moscou chama de "repressiva" contra os insurgentes separatistas.

Em março, Moscou mobilizou tropas - até 40 mil homens, segundo fontes ocidentais - sob o pretexto de manobras perto da fronteira ucraniana, o que provocou temores de uma invasão. Putin afirmou na semana passada que os militares haviam recuado, mas o governo dos Estados Unidos afirmou que não tinha provas da movimentação.