Bamako - O chefe da missão da ONU no Mali (MINUSMA) anunciou neste domingo (18/5) o "assassinato de dois civis e de seis oficiais malineses em Kidal", cidade do nordeste do país onde as forças regulares enfrentam grupos armados.
"O representante especial do secretário-geral e chefe da MINUSMA, Albert Koenders, condena da forma mais firme o assassinato de dois civis e de seis oficiais malineses em Kidal", destaca um comunicado, que não precisa a identidade das vítimas.
Um funcionário malinês e uma fonte internacional revelaram à AFP que os seis oficiais mortos eram os prefeitos de Kidal e de Tin-Essako e quatro subprefeitos da região.
O governo do Mali informou neste domingo que combates entre soldados e rebeldes no norte do país deixaram 36 mortos e que insurgentes tuaregues mantêm 30 funcionários como reféns.
No sábado, soldados malineses enfrentaram em Kidal o "Movimento Nacional de Libertação de Azawad (MNLA, rebelião tuaregue) e membros de grupos terroristas", afirmou o ministro da Defesa, Soumeylou Boubeye Maiga, em um comunicado.
Azawad, um território árido com uma superfície equivalente as da França e Bélgica somadas, fica ao norte do rio Níger e compreende as regiões administrativas de Kidal, Timbuktu e Gao.
"Durante os confrontos, as Forças Armada registraram oito mortos e 25 feridos. Do lado dos agressores foram 28 mortos e 62 feridos", informou o ministro.
"Nossas forças recuperaram o controle de todos os edifícios administrativos, com exceção, até o momento, da sede do governo, onde o MNLA e os terroristas mantêm como reféns 30 funcionários, tanto civis como militares".
Os combates aconteceram quando as forças malinesas cumpriam "missões para garantir a segurança durante a estadia do primeiro-ministro e de sua delegação em Kidal", ressaltou o ministro da Defesa.
O primeiro-ministro Moussa Mara afirmou que "os terroristas declararam guerra ao Mali e, portanto, o Mali está em guerra contra os terroristas".
Vários grupos jihadistas, que em alguns casos reivindicam vínculos com a Al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI), permanecem ativos no norte do Mali, apesar de uma intervenção armada internacional que teve início em janeiro 2013, liderada pela França.