O presidente disse que a opinião pública apoia a reforma do sistema migratório, mas que "um punhado de congressistas republicanos" está bloqueando a legislação para evitar que seja votada em plenária. Vários líderes da oposição "estão se dando conta de que bloquear a reforma migratória não é uma boa ideia", destacou.
De acordo com Obama, pesquisas mostram que cerca de 80% dos imigrantes em condição clandestina nos Estados Unidos vivem há mais de dez anos no país e, por isso, já estão "entrelaçados no nosso tecido social".
O atual sistema migratório americano "está falido e torna mais difícil que as forças da ordem façam seu trabalho. Nosso sistema é injusto com os trabalhadores, injusto com os negócios e injusto com as forças da ordem", defendeu o presidente.
No discurso, Obama alegou que uma reforma migratória é importante "para o futuro econômico e cultural, para a posição americana no mundo e para a segurança".
Na segunda-feira, o presidente da Câmara, o republicano John Boehner, disse que uma das dificuldades para submeter a reforma à votação é que seu partido não confia na disposição de Obama de cumprir a lei. Boehner insistiu na proposta de seu partido de desmembrar o texto do projeto e discutir parte a parte, a começar pela segurança na fronteira.
Em novembro, os americanos irão às urnas para renovar todas as 435 cadeiras da Câmara e um terço das 100 vagas do Senado.