Cinco militares foram mortos nesta sexta-feira (9/5) durante ataque ao palácio presidencial no Iêmen, em Sanaa, capital do país. O atentado foi atribuído à Al-Qaeda, que também teria tentado assassinar o ministro da Defesa iemenita, Mohamed Nasser Ahmad, no Sul do país.
O presidente iemenita, Abd Rabbo Mansour Hadi, não estava no palácio no momento do ataque, porque o local é usado somente para o despacho presidencial. Segundo responsáveis dos serviços de segurança no país, homens armados atacaram um posto de controle da guarda presidencial, a cerca de 700 metros do palácio, matando cinco soldados e capturando outros.
[SAIBAMAIS]Segundo testemunhas, o ataque foi seguido por uma intensa troca de tiros entre os homens armados e a guarda presidencial, que durou mais de 20 minutos. De acordo com as informações, pelo menos três pessoas do grupo autor do ataque foram mortos.
O atentado, considerado de uma audácia sem precedentes, ocorreu em meio a uma operação importante do exército iemenita contra a Al-Qaeda. Iniciada em 29 de abril, a ofensiva pretende retirar o grupo de zonas que controla nas províncias de Chabwa e Abyane, no Sul. Desde então, a violência intensificou-se no país, e os Estados Unidos anunciaram o fechamento ao público de sua embaixada, até nova ordem.
O ministro da Defesa, que dirige a operação nas províncias, escapou de uma emboscada no Sul, atribuída à Al-Qaeda. Homens armados dispararam sobre uma coluna de veículos, que transportava o ministro e os chefes do serviço de informações, Ali Hassan al-Ahmadi, e da polícia militar, Awad Majwar al-Awlaqi. Eles regressavam de uma reunião em que avaliaram os progressos da ofensiva contra a Al-Qaeda, revelaram fontes militares.
Na noite dessa quinta-feira (8), as forças de segurança abateram, durante confrontos perto do palácio presidencial, Mohamed Said al-Chabwani, descrito como ;um dos membros mais perigosos e mais procurados da Al-Qaeda;, segundo um porta-voz do Alto Comitê de Segurança do Iêmen.