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Comitê americano aprova projeto de sanções contra autoridades venezuelanas

Lei tem como alvo os responsáveis por prisões políticas e por abusos cometidos contra ativistas

Washington - O Comitê de Assuntos Exteriores da Câmara de Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta sexta-feira (9/5) um projeto de lei com sanções contra responsáveis por violações de direitos humanos durante as manifestações na Venezuela.

O projeto de lei de "proteção dos direitos humanos e da democracia na Venezuela" foi votado pela maioria dos integrantes do Comitê e agora será debatido no plenário da Câmara. Durante a sessão, apenas dois congressistas apresentaram objeções.

"Como foi aprovado de modo surpreendente, (...)acredito que a votação no plenário acontecerá em breve. Tenho confiança de que aprovaremos", disse o presidente do Comitê, o republicano Edward Royce.

"A aprovação da legislação leva a Maduro a forte mensagem de que o Congresso dos Estados Unidos está atento às atrocidades cometidas pelo seu regime, e que eles serão punidos", disse a congressista republicana Ileana Ros-Lehtinen, autora do projeto.



A lei tem como alvo os responsáveis por prisões políticas e por abusos cometidos contra ativistas, visando também aqueles que tentam impedir o trabalho de jornalistas e a atividade de cidadãos que buscam compartilhar informações sobre os protestos contra o governo.

[SAIBAMAIS]Esses responsáveis teriam contas e propriedades congeladas nos Estados Unidos e seus vistos de entrada no país seriam cancelados.

Mas, para o governo do presidente Barack Obama, as sanções não são apropriadas no momento, apenas um mês depois do início das difíceis negociações entre o governo e o setor moderado da coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD).

Na última quinta-feira, a subsecretária de Estado adjunta para América Latina, Roberta Jacobson, disse ao Comitê de Relações Exteriores do Senado (que estuda um projeto de lei parecido com o da câmara) que a imposição de sanções seria "contra-producente", embora tenha deixado essa possibilidade em aberto, no caso de uma perda de diálogo com Caracas.

A tensão na Venezuela se intensificou na quinta, quando 243 jovens manifestantes foram detidos durante a madrugada no desmantelamento de quatro acampamentos montados em praças e avenidas da capital.