Em um comunicado publicado pela agência oficial Saba, um porta-voz do Alto Comitê informou que o homem era "um dos membros da Al-Qaeda mais perigosos e mais procurados, e um dos chefes da rede (...) envolvido no sequestro e assassinato de policiais e cidadãos estrangeiros".
[SAIBAMAIS]Perseguido pelas forças de segurança que tentavam detê-lo na rua 45, perto do palácio presidencial, Shayef Mohamed Said al Shabwani abriu fogo contra seus perseguidores, que responderam "matando-o e matando um de seus acompanhantes", acrescentou o porta-voz. Outras três pessoas que estavam no carro com Shabwani foram detidas, declarou à AFP uma fonte policial, informando que duas delas ficaram feridas no tiroteio.
O ministério do Interior advertiu na segunda-feira sobre o risco de uma intensificação das operações da Al-Qaeda na Península Arábica, após as baixas que sofreu no sul do país, onde o exército retomou na quinta-feira um importante reduto da rede em Azzan, na província de Shabwa.
"Estas enormes perdas levarão a Al-Qaeda a cometer atos histéricos e desesperados, mobilizando seus partidários e suas células para atacar os oficiais da polícia e do exército", segundo o ministério do Interior. O braço iemenita da Al-Qaeda, considerado o mais perigoso da rede pelos Estados Unidos, está fortemente implantado no sul e no sudeste do país.
Também nesta sexta-feira, o ministro da Defesa iemenita, Nasser Ahmad, e dois oficiais de segurança de alto escalão escaparam ilesos depois que seu comboio foi emboscado por combatentes da Al-Qaeda no sul do país, indicou uma fonte militar.
Ahmad viajava com o chefe de inteligência Ali Hassan al Ahmadi e com o diretor da polícia militar Awad Majwar al Awlaqi da província de Abyan à província de Shabwa quando foram alvos de disparos, acrescentou a fonte.
A emboscada ocorreu enquanto as forças de segurança realizam uma grande operação contra militantes relacionados à Al-Qaeda no turbulento sul.
Esta fonte declarou que nenhuma das autoridades ficou ferida no ataque, que ocorreu quando retornavam de uma viagem para supervisionar o desenvolvimento da ofensiva militar contra jihadistas no sul do país.
Os confrontos começaram depois da emboscada e duraram quinze minutos, acrescentou a fonte. Até o momento não há informações sobre vítimas entre os criminosos. Horas depois, um atentado a bomba no bairro diplomático de Sanaa feriu 11 oficiais da polícia.