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Francisco defende natureza inviolável da vida em encontro com Ban Ki-moon

As agências da ONU acusam o Vaticano de favorecer a natalidade excessiva nas sociedades que não conseguem responder às necessidades da população



O chefe da delegação do Vaticano, Silvano Tomasi, respondeu que o aborto também é tortura, e acrescentou que a Igreja condena "qualquer forma de tortura. No pontificado de João Paulo II, durante o qual decorreram as conferências do Cairo sobre a população (1994) e de Pequim sobre as mulheres (1995), a ONU e o Vaticano opuseram-se em relação aos temas da contracepção, do aborto, divórcio e dos direitos das mulheres.

As agências da ONU acusam o Vaticano de favorecer a natalidade excessiva nas sociedades que não conseguem responder às necessidades da população e de colocar em destaque o papel da Igreja, ao travar indiretamente o desenvolvimento.

O Vaticano acusa as agências das Nações Unidas de violar os "direitos naturais" à vida e à família, de favorecer o planejamento familiar e o controle do crescimento populacional, além de exercer um "imperialismo cultural", no qual as concepções das sociedades desenvolvidas do Norte são impostas às culturas do Sul.