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#BringBackOurGirls, grito de união pelas meninas sequestradas na Nigéria

A hashtag foi utilizada mais de 1,7 milhões de vezes, segundo o site de análises do Twitter topsy.com

A exemplo de Michelle Obama, centenas de milhares de anônimos e celebridades têm inundado as redes sociais com a hashtag #BringBackOurGirls para trazer os holofotes do mundo para o sequestro de 200 meninas na Nigéria.



"Esta campanha nas redes sociais no mundo inteiro obrigou o governo nigeriano, nosso governo e a mídia internacional a prestarem atenção ao caso", explica à AFP Lori Brown, que ensina sociologia no Meredith College, na Carolina do Norte. "Será muito interessante ver que no que esta mobilização vai dar, se as grandes potências tentarão resolver o problema para atender a um pedido da população".

O sucesso da hashtag se deve também à causa defendida, lembra à AFP Gwendolyn Seidman, professora de psicologia no Albright College, na Pensilvânia. "Se o assunto é polêmico, as pessoas podem ter medo a imagem que teremos delas" ao expor suas opiniões nas redes sociais.

No Twitter, o escritor americano-nigeriano Teju Cole viu no movimento "um momento essencial para a democracia nigeriana". Sem deixar de ironizar a "onda de sentimentalismo" desencadeada.