A Islândia informou nesta quinta-feira (8/5) ter dado sinal verde a um grupo farmacêutico que solicita que mais de 100 mil habitantes da ilha forneçam seu DNA anonimamente para fins de pesquisa.
Esta campanha foi lançada durante a semana pela deCODE Genetics, filial islandesa de pesquisas genéticas do grupo de biotecnologia americano Amgen, que já reivindica 120 mil perfis genéticos de islandeses em sua base de dados.
A empresa enviou espátulas a um grande número de islandeses. Os voluntários tiveram que passá-las na língua, preencher um formulário onde devem dar seu consentimento e depois enviar a amostra de saliva para membros de uma associação de socorristas, Landsbj;rg.
O presidente do Comitê Nacional de Bioética, Kristjan Erlendsson, informou que o sinal verde para a operação foi uma unanimidade.
"Os participantes levaram as amostras eles mesmos, os colocaram em um envelope e os transmitiram aos cientistas. Isto não muda em nada o fato de que podem se negar a participar e, mesmo se aceitarem, eles podem parar a qualquer momento e pedir a destruição de sua amostra", explicou ao jornal Frettabladid. "Não temos motivo para sermos contrários", acrescentou.
A deCODE, por sua vez, invocou a pertinência de sua operação para o avanço da medicina. "Quanto maior for a participação de islandeses saudáveis, mais aumentaremos as chances de encontrar soluções para tratar as doenças que eles mesmos ou pessoas próximas podem contrair", afirmou o diretor geral, Kari Stefansson, em um comunicado nesta quarta-feira.
O laboratório diz buscar os fatores genéticos para vários problemas de saúde, como cânceres, doenças cardiovasculares ou diabetes.
A empresa garante o anonimato do patrimônio genético de cada voluntário com criptografia que impossibilitará o rastreamento dos dados do indivíduo ao qual pertencem.