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Últimos rebeldes sírios deixam Homs, 'a capital da revolução'

Esta saída faz parte de um acordo entre beligerantes concluído após dois meses de negociações, sob os auspícios do Irã



Para os rebeldes, em contrapartida, esta saída é uma derrota. "Preferia mil vezes morrer. Não desejo para ninguém no mundo estar em meu lugar. Sinto que minha alma foi embora e não posso segurar as lágrimas", declarou à AFP o xeque Abul Hareth al-Khalidi, o principal negociador rebelde.

Abu Wissam, um estudante mergulhado em lágrimas, lembra as manifestações pacíficas do início. "Éramos livres e espontâneos. Hoje, somos apenas peões. Essa retirada faz parte de um grande jogo" determinado há meses por potências regionais, disse, decepcionado.

O acordo sobre a evacuação dos rebeldes do último bairro ocupado de Homs também incluiu a libertação de 40 alauitas - comunidade à qual Bashar al-Assad pertence -, uma iraniana e 30 soldados sírios" detidos pelos insurgentes, afirmou à AFP um porta-voz da Frente Islâmica.

Hotel Carlton ;pulverizado;

Após a retirada total da Cidade Velha, haverá rebeldes apenas no bairro de Waer (noroeste), onde vivem centenas de milhares de pessoas.

Homs é a cidade onde os rebeldes resistiram ao mais longo cerco, uma tática utilizada pelo regime para forçá-los a deixar suas posições.

Durante os dois anos de cerco, quase 2.200 pessoas morreram na parte antiga da cidade, de acordo com o OSDH. No centro histórico, completamente em ruínas, já não havia comida e outros produtos básicos.

Esta vitória para o regime ocorre a três semanas da eleição presidencial organizada por Damasco e denunciada como uma "farsa" pela oposição e seus aliados ocidentais.

Em visita na quarta-feira a Washington, o chefe da oposição síria, Ahmad Jarba, voltou a pedir "armas eficazes" para poder vencer a guerra.

Após atentados mortais contra as regiões sob controle do regime, os islamitas "pulverizaram nesta quinta-feira o hotel histórico Carlton, em Aleppo", com a ajuda de uma grande quantidade de explosivos colocados em um túnel escavado sob o estabelecimento, segundo o OSDH.