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Talibãs anunciam ofensiva entre dois turnos da eleição presidencial

A operação começará na manhã de segunda-feira (12/5), segundo um comunicado dos rebeldes islamitas

Cabul - Os talibãs anunciaram nesta quinta-feira (8/5) o início iminente, na segunda-feira, da ofensiva de primavera (hemisfério norte), que este ano coincide com o intervalo entre os dois turnos da eleição presidencial para designar o sucessor de Hamid Karzai. A operação ;Jaibar;, nome de uma vitória dos muçulmanos contra os judeus nos primeiros anos do islã, começará na manhã de segunda-feira (12/5), segundo um comunicado dos rebeldes islamitas.

A ofensiva de primavera deve prosseguir até o início do inverno, quando a neve dificulta os deslocamentos dos insurgentes. A operação Jaibar terá como alvos "principalmente os invasores estrangeiros e os que os apoiam, independente dos nomes, espiões, militares ou funcionários civis, mas também todos os que trabalham para eles, como os intérpretes".

Os talibãs também ameaçaram os funcionários do governo, parlamentares e magistrados que perseguem na justiça seus partidários. Expulsos do poder em 2001 por uma coalizão internacional liderada pelos americanos, os talibãs lideram uma insurreição persistente, apesar da presença militar ocidental.



A continuidade da violência é muito preocupante atualmente, já que os 51 mil soldados da Força Internacional da Otan no Afeganistão (Isaf) devem deixar o país até o fim do ano. Os americanos pretendem deixar milhares de soldados no Afeganistão depois de 2014 para treinar o exército afegão e organizar operações antiterroristas, mas a manutenção do contingente está condicionada à entrada em vigor de um tratado bilateral que, ao que tudo indica, não será assinado antes da eleição do novo presidente.

Os talibãs afirmam que a permanência de militares estrangeiros em território afegão será combatida. "Se os invasores ou seus fantoches (termo usado pelos talibãs para designar o governo afegão) acreditam que a redução do número de tropas estrangeiras diminuirá nosso fervor jihadista, se enganam", afirma o comunicado.