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Chefe de missão da OSCE se diz 'aliviado' após libertação na Ucrânia

A libertação, que ainda não teve as circunstâncias exatas reveladas, aconteceu um dia depois de o país ter registrado os mais graves distúrbios desde a queda do presidente Viktor Yanukovytch

Donetsky - O chefe da missão de observadores da OSCE libertados neste sábado, depois de terem sido mantidos durante uma semana em poder de rebeldes pró-russos no leste da Ucrânia, disse sentir "uma grande alegria" e "um grande alívio". "É uma alegria, um grande alívio", declarou à imprensa o coronel Axel Schneider.

"As últimas duas noites foram muito difíceis, à medida que víamos que as coisas avançavam. Cada minuto fica muito longo. Ao final, graças à cooperação de todos os atores-chave, as coisas foram resolvidas perfeitamente", considerou.

[SAIBAMAIS]

Os observadores da OSCE foram mantidos por mais de uma semana em poder de rebeldes separatistas de Slaviansk. Foram libertados neste sábado, em plena operação militar do Exército ucraniano nessa cidade do leste do país, cenário de uma rebelião armada pró-Rússia.

A libertação, que ainda não teve as circunstâncias exatas reveladas, aconteceu um dia depois de o país ter registrado os mais graves distúrbios desde a queda do presidente Viktor Yanukovytch, em fevereiro.

Um enviado da Presidência russa, Vladimir Lukin, havia anunciado antes a libertação da equipe, integrada por sete estrangeiros --um oitavo já tinha sido libertado por razões de saúde-- e quatro ucranianos.

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"Estamos felizes por termos saído, e estamos bem. Vamos deixar Slaviansk junto com o enviado especial russo (...) e voltar ao país, a Alemanha, o mais rapidamente possível", declarou Schneider ao jornal alemão Bild.

Lukin disse em uma entrevista coletiva à imprensa que a decisão dos rebeldes pró-russos de libertar os observadores "foi tomada devido a preocupações humanitárias", negando que seu país controle os insurgentes do leste da Ucrânia. "Sou um cidadão russo e estou longe de interferir nos assuntos internos da Ucrânia", declarou.