Washington - O presidente americano, Barack Obama, e a chanceler alemã, Angela Merkel, ameaçaram nesta sexta-feira adotar novas sanções contra a Rússia, caso necessário, no momento em que as forças ucranianas atacam o reduto rebelde de Slaviansk, no leste da Ucrânia. Durante uma entrevista coletiva à imprensa na Casa Branca, Obama advertiu Moscou para possíveis sanções "setorizadas", se a eleição presidencial de 25 de maio na Ucrânia for comprometida, ou impedida, pelos rebeldes pró-russos.
Na última segunda, a União Europeia acrescentou 15 nomes de representantes russos e ucranianos pró-Moscou à lista de pessoas já punidas. Alguns governos querem ir além para "aumentar a pressão", revelou um diplomata consultado pela AFP na quarta-feira. Os Estados Unidos ampliaram, por sua vez, o leque de sanções dirigidas principalmente a personalidades ligadas ao presidente russo, Vladimir Putin, entre elas seu assessor para Assuntos Energéticos Igor Sechin e o presidente do grupo tecnológico Rostec, Serguei Chemezov.
Nessa sexta, tropas ucranianas iniciaram uma ofensiva para retomar a cidade de Slaviansk. De acordo com os insurgentes e o governo de Kiev, há mortos entre rebeldes, militares ucranianos e civis. A Ucrânia vai às urnas em 25 de maio para eleger um novo presidente.
Obama pediu também que a Rússia ajude na libertação dos observadores da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), mantidos em poder de separatistas pró-russos nessa cidade. "A Rússia deve trabalhar para que sejam imediatamente libertados", declarou o presidente americano. Na entrevista, Obama e Merkel insistiram, porém, em suas preferências por uma solução diplomática para a crise na Ucrânia.