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Polícia israelense critica informe anual dos EUA sobre terrorismo

Pela primeira vez nesse informe, o Departamento de Estado americano menciona a crescente onda de vandalismo antipalestino conhecida como 'Preço a pagar'

Jerusalém - A polícia israelense criticou nesta quinta (1;/5) a inclusão dos ataques de extremistas judeus contra palestinos no relatório anual dos Estados Unidos sobre o terrorismo, divulgado na quarta-feira.

Pela primeira vez nesse informe, o Departamento de Estado americano menciona a crescente onda de vandalismo antipalestino conhecida como "Preço a pagar".

"Os ataques de colonos extremistas israelenses contra habitantes, bens, ou lugares de culto palestinos na Cisjordânia continuaram e, na maior parte dos casos, não foram abertos processos judiciais", afirma o texto, que cita as Nações Unidas e várias ONGs.


O porta-voz da polícia israelense, Micky Rosenfeld, considerou que os ataques não têm qualquer relação com as ameaças terroristas mencionadas no restante do informe.

"Não há comparação possível entre os incidentes criminais por motivos nacionalistas e os incidentes relacionados com o terrorismo", declarou Rosenfeld à AFP.

O Departamento de Estado reconhece, porém, que a polícia israelense criou unidades especiais para investigar esses ataques extremistas, e que o governo considera esses grupos "ilegais".

Rosenfeld confirmou que há "algumas investigações em curso".