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Tríplice Fronteira e Irã são preocupações dos EUA na América Latina

Relatório americano faz análise de países latino-americanos em relação ao terrorismo e influências iranianas nos países

Washington - A influência do Irã e a eficácia no controle da Tríplice Fronteira (Brasil, Argentina e Paraguai) são as principais preocupações do governo americano nas questões de segurança na América Latina, de acordo com um relatório divulgado nesta quarta-feira pelo Departamento de Estado.

Segundo o documento "Relatório sobre Terrorismo em 2013", as autoridades americanas consideram que a região promoveu "melhorias modestas em sua capacidade anti-terrorista" e no controle das fronteiras. O documento também ressalta que "a influência do Irã no Hemisfério Ocidental continua sendo uma preocupação".

No entanto, reconhece que, em razão das sanções impostas pelos Estados Unidos e pela União Europeia contra o país, "o Irã tem sido incapaz de expandir seus laços políticos e econômicos na América Latina".

Em relação à Tríplice Fronteira, o documento destaca que a zona é motivo de preocupação devido à capacidade de financiar grupos armados em diversas partes do mundo.

"A Tríplice Fronteira, entre Argentina, Brasil e Paraguai continua sendo um importante eixo regional para armas, narcóticos e tráfico de pessoas, falsificação, contrabando e lavagem de dinheiro, todos fontes potenciais de financiamento de organizações terroristas", diz o texto.

O documento indica que o Brasil faz grandes investimentos no controle das fronteiras, mas, neste ano, a prioridade é garantir a segurança durante a Copa do Mundo.

Já a Argentina, aponta, "mantém uma grande capacidade" para enfrentar problemas ligados à segurança, "mas enfrenta desafios nas fronteiras do norte e noroeste contra crimes transnacionais".

Em relação à Colômbia, o departamento considera que o país registrou por uma "redução geral da atividade terrorista", limitada a "ataques contra a infraestrutura" praticados por rebeldes armados.

As selvas na fronteira do país são mencionadas como um dos possíveis "Santuários seguros para terroristas" na região.

O relatório ainda mantém Cuba entre os "Estados que patrocinam o terrorismo" (junto a Irã, Sudão e Síria), apesar de não especificar as razões para a decisão.

"Não há indicações de que o governo de Cuba forneça armas ou treinamento militar a grupos terroristas", explica o texto, mesmo que o país "abrigue fugitivos procurados nos Estados Unidos".

Washington classifica atualmente quatro grupos latino-americanos como "organizações terroristas": os grupos colombianos Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Exército de Libertação Nacional (ENS) e Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC); e o peruano Sendero Luminoso.