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Iraquianos desafiam a violência para eleger seus deputados em eleições

São as primeira eleições legislativas desde a saída das tropas dos Estados Unidos



Um atentado com carro-bomba perto de um local de votação em Kirkuk, norte do país, matou dois membros da comissão eleitoral, enquanto em Muqdadiya, ao noroeste de Bagdá, 4 pessoas morreram em uma explosão.

Ao norte da capital, insurgentes invadiram um colégio eleitoral e destruíram o local com explosivos. Quase 90 pessoas morreram em meio à violência nos últimos dias.

Vários obuses foram disparados contra outros dois locais de votação em Bagdá, mas sem provocar vítimas. Estas são as primeiras eleições celebradas no Iraque desde a saída das tropas dos Estados Unidos em 2011.

Maliki, que aspira o terceiro mandato de primeiro-ministro, votou no início da manhã em um hotel na "zona verde" de Bagdá, uma área com grande sistema de segurança que abriga, entre outros, o Parlamento iraquiano e a embaixada americana.

"Estou seguro da vitória. A questão é saber o tamanho da vitória", declarou Maliki, que estimulou a participação nas primeiras eleições "sem soldados americanos em território iraquiano".

À frente do governo desde 2006, Maliki é o grande favorito, apesar das críticas e da violência, que provoca a média de 25 mortes por dia.

Em seu primeiro mandato, entre 2006 e 2010, conseguiu diminuir a violência, mas o segundo período de governo foi marcado pelo aumento incessante da violência.

Além disso, os iraquianos sofrem com o desemprego, a corrupção e o péssimo funcionamento dos serviços públicos. As tensões entre xiitas e sunitas são profundas no Iraque e se tornaram um argumento político, utilizado pelo primeiro-ministro xiita Nuri al-Maliki e pelos jihadistas sunitas.

A espiral de violência colocou a questão da segurança no centro dos debates, razão pela qual Maliki e seu partido, a Aliança para o Estado de Direito, basearam a campanha na necessidade de união em apoio ao governo para acabar com o banho de sangue.