Baku - O Azerbaijão prendeu brevemente nesta terça-feira (29/4) uma conhecida ativista dos direitos Humanos e seu marido, em uma nova demonstração da repressão nesta ex-república soviética rica em petróleo. Leyla Yunus e seu marido Arif, um analista político famoso, "foram presos no aeroporto de Baku ao embarcarem em um voo para Doha", informou à AFP seu advogado Khalid Kazimov.
As autoridades libertaram o casal após horas de interrogatório. "De Doha viajariam para Paris e Bruxelas para participar de um evento organizado pela Comissão Europeia", acrescentou. Logo depois, Arif Yunis foi internada por um aparente "ataque cardíaco", segundo a mesma fonte. Investigadores devem realizar buscas no escritório de Yunus ainda esta tarde, segundo o seu advogado.
[SAIBAMAIS]Premiada com o Legião de Honra francesa e com o prêmio internacional Theodor Haecher por sua bravura, Leyla Yunus dirige o Instituto para a Paz e Democracia, um grupo de defesa dos direitos Humanos. Ma última sexta-feira, a ativista disse temer uma prisão iminente. "Estou preocupada porque é possível que eu e meu marido sejamos detidos antes de 12 de maio", quando deveria se reunir com o presidente francês, François Hollande, durante sua visita a Baku, escreveu em um comunicado.
As autoridades do Azerbaijão têm reagido duramente contra qualquer crítica pública contra o regime do presidente Ilham Aliev, no poder desde 2003 quando sucedeu a seu pai, que por sua vez governou o país quase continuamente desde 1969.