Paris - Dois policiais franceses acusados de estuprar uma turista canadense na histórica sede da polícia de Paris foram indiciados na madrugada deste domingo, mas permanecerão em liberdade condicional - declarou à AFP o advogado de um deles.
O advogado explicou que seu cliente reconheceu ter mantido relação sexual com a mulher, mas que o ato teria sido consentido. A fonte nega com "firmeza" qualquer tentativa de estupro.
Um terceiro policial, a princípio envolvido no suposto estupro, foi acusado de ter sido testemunha e também foi mantido em liberdade.
O caso tem provocado grande comoção na capital francesa desde a última quinta-feira, já que os fatos teriam ocorrido na sede da polícia judicial de Paris, o famoso endereço "36 Quai des Orf;vres".
Inicialmente, os policiais acusados negaram ter mantido relações sexuais com a turista de 34 anos, que chegou à França em meados de abril para passar férias. Mas o caso sofreu uma reviravolta quando um deles confessou ter mantido relação sexual consensual com a vítima - segundo informou à AFP uma fonte que acompanha de perto a situação.
Os três agentes pertencem à Brigada de Busca e Intervenção (BRI) da polícia francesa, um serviço especializado em operações complexas e prisões de alto risco.
Os acontecimentos teriam ocorrido na noite de terça para quarta-feira. A vítima afirma que conheceu os policiais num pub irlandês localizado no bairro de Saint-Michel, um dos mais turísticos de Paris.
Após tomarem alguns drinks, a mulher teria aceito o convite dos policiais para acompanhá-los até sede da BRI, a poucos metros do bar onde estavam.
Ao sair do prédio, visivelmente abalada, a moça afirmou a um guarda do local que tinha sido estuprada. A queixa foi registrada numa delegacia do centro da capital.