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Comitê recomenda repatriação de iemenita de Guantánamo ligado a Bin Laden

Ao recomendar o seu retorno para o Iêmen, comitê indicou ter examinado tanto os "projetos futuros do prisioneiro quanto o seu compromisso de não repetir os erros do passado"

Fort Meade - A comissão de revisão do estatuto dos detidos em Guantánamo recomendou nesta sexta-feira (25/4) a repatriação de um iemenita, provável ex-guarda-costas de Bin Laden, preso na base militar dos Estados Unidos há mais de 12 anos.

"O Periodic Review Board (PRB) determinou por unanimidade que o preso em questão, detido sob a lei da guerra, já não representa significativa ameaça à segurança dos Estados Unidos", escreveu a comissão em um comunicado.

[SAIBAMAIS]Ali Ahmed Mohammed al-Rahizi, de 34 anos, chegou à base militar de Guantánamo, na ilha de Cuba, junto aos 20 primeiros detidos no dia 11 de janeiro de 2002. Ele se apresentou em março ao PRB, criado em 2011 pelo governo de Barack Obama para fechar a prisão instalada na base, onde ainda estão 154 homens.


Semanas atrás, o governo do Uruguai anunciou que seu país, por razões humanitárias, acolheria cinco prisioneiros da prisão, enquanto a Colômbia admitiu ter recebido o mesmo pedido da administração Obama.

Ao recomendar o seu retorno "para as regiões mais estáveis " do Iêmen, o comitê indicou ter examinado tanto os "projetos futuros do prisioneiro quanto o seu compromisso de não repetir os erros do passado".

Na audiência no dia 20 de março, Rahizi, que foi capturado em dezembro de 2001 na fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão, prometeu que, se fosse repatriado vivo "passaria o resto de seus dias como um homem de paz, um chefe de família e um empresário", casando-se com uma mulher escolhida por seu pai e trabalhando duro em uma empresa familiar de frutas e legumes.