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Governo dos EUA reluta em fornecer informação sobre prisioneiros da CIA

Promotor referiu-se a "exigências de segurança nacional" para justificar a posição do governo americano

Fort Meade - O governo americano mencionou nesta sexta-feira (25/4) motivos de segurança nacional para solicitar que o juiz militar de Guantánamo "reconsidere parcialmente" um pedido que fez às autoridades para que entreguem informações sobre as prisões secretas da Agência Central de Inteligência (CIA).

Durante uma audiência preliminar do julgamento do suposto cérebro do atentado contra o "USS Cole", cometido em 2000, o promotor Mark Martins referiu-se a "exigências de segurança nacional" para justificar a posição do governo americano, que é contra o fornecimento das informações solicitadas pelo coronel James Pohl no dia 14 de abril.

Pohl ordenou que o governo entregue à defesa do acusado várias informações sobre o programa secreto de detenção e interrogatórios da CIA, incluindo nomes, datas e locais das prisões secretas onde o suspeito esteve, assim como de acusados pelos atentados de 11 de setembro de 2001.



O saudita Abd al-Rahim al-Nachiri, que pode ser condenado à morte pelo atentado contra o navio americano no Iêmen no qual 17 pessoas morreram, foi submetido a duros interrogatórios durante sua detenção em uma prisão secreta entre sua detenção, em 2002, e sua transferência a Guantánamo, em 2006.

Martins entrou com um recurso no tribunal militar de Guantánamo para "que algumas coisas sejam revistas", porque "alguns interesses significativos do governo estão em jogo" e alguns assuntos são classificados como secretos.

Os advogados dos cinco acusados dos atentados de 11 de setembro, que também teriam sofrido torturas nas prisões da CIA, indicaram à imprensa que haviam pedido ao juiz James Pohl que solicitasse as mesmas informações para seu caso.