Quando o Yandex estava começando, disse Putin, eles foram "pressionados" a ter "aqueles americanos e estes europeus entre os executivos". "Precisamos lutar com determinação por nossos próprios interesses. Este processo está acontecendo. E nós vamos apoiá-lo do lado do governo, é claro", disse sem explicar o que quis dizer em detalhes.
Por meio do Yandex são feitas 60% das consultas na Rússia. O programa está presente em vários outros países. Ele permite que os usuários façam buscas em blogs e avaliem as entradas.
As ações do Yandex caíram cerca de 4,3% na bolsa eletrônica Nasdaq depois dos comentários de Putin.
A empresa anunciou em um comunicado, citado por agências de notícias, negou que o registro no exterior não tenha sido feito para evitar impostos, mas devido a questões de lei corporativas, já que o investimento externo é uma característica comum de qualquer ;startup; de internet.
"Uma vez que nosso principal negócio está na Rússia, pagamos a maior parte dos nossos impostos na Rússia", informou o Yandex.
Enquanto a internet continua como a principal esfera de discussão política, a Rússia recentemente investiu contra o debate, com uma nova lei que permite ao governo bloquear sites incluídos numa lista negra sem uma ordem judicial.
O líder da oposição, Alexei Navalny, teve bloqueado um blog popular e um site de notícias muito lido que cobria pautas da oposição demitiu seu editor e mudou sua postura depois de um alerta sobre extremismo da vigilância estatal.
Nesta semana, a Rússia aprovou em primeira instância uma nova legislação que pode forçar blogueiros a registrar seus sites e se sujeitar a regulamentações similares às dos meios de comunicação de massa.
O presidente, de 61 anos, costuma criticar duramente a internet, que ele já descreveu como "metade pornografia", ao contrário do premiê Dmitri Medvedev, que publica posts no Twitter.
O porta-voz de Putin, Dmitri Peskov, afirmou neste mês que o presidente é um usuário regular da internet e que às vezes ri de fotos engraçadas publicadas na rede.