Corrida de rua mais antiga do mundo, a maratona de Boston, disputada pela primeira vez em 1897, foi marcada por um minuto de silêncio antes da largada. No dia 15 de abril do ano passado, duas bombas explodiram perto da linha chegada, matando três pessoas, inclusive uma criança.
Cerca de 3.500 policiais foram mobilizados para garantir a segurança do evento, o dobro da última edição.
Memorial na linha de chegada - A prova foi disputada num dia ensolarado por cerca de 36.000 corredores, 9.000 a mais do que o ano passado, a segunda maior participação da história depois de 1996, ano do centenário (38.708).
"Queremos mostrar que o espírito do corredor é resistente e muito forte. Este ano voltamos mais numerosos e melhores do que nunca", declarou à AFP Amby Burfoot, de 67 anos, vencedor da prova em 1968, que não havia conseguido cruzar a linha de chegada na última edição por causa do atentado.
"O povo de Boston também compareceu, duas vezes mais numeroso e duas vezes mais barulhento", se emocionou Burfoot.
Um pequeno memorial, decorado com flores e tênis de corrida, foi instalado na linha de chegada.
"Aqui, não deixamos os terroristas vencer. Estamos de volta e ninguém vai nos parar", disse Rudy Duplissis, sentado numa cadeira de praia no percurso da corrida, ao lado da esposa Claire, para torcer pela filha Leah, que disputa a prova pela terceira vez.
Entre os 264 feridos do atentado, quinze foram amputados. Heather Abott, amputada abaixo do joelho prometeu estar na linha de chegada para abraçar depois da corrida Peter Riddle e Erin Chatham, dois desconhecidos que a socorreram no ano passado e tornaram-se seus amigos.