"No dia da ressurreição de Cristo e do coração de Maalula, o presidente Assad deseja uma Páscoa feliz a todos os sírios e o restabelecimento da paz e da segurança na Síria", afirmava uma mensagem exibida pela emissora.
Durante sua visita surpresa a Maalula, "Assad visitou o mosteiro do Mar Sarkis, fundado no final do século V, e examinou as destruições causadas pelos terroristas", prosseguiu a TV estatal, em alusão aos rebeldes, exibindo imagens da visita.
"Nem mesmo o pior dos terroristas não pode acabar com nossa herança e nossa civilização", afirmou Assad, citado pela televisão estatal.
[SAIBAMAIS]
Na terminologia do governo sírio, a palavra "terrorista" designa os grupos rebeldes que lutam há três anos contra as forças do presidente sírio.
A TV também mostrou Assad falando com soldados e milicianos nesta cidade 55 km ao norte de Damasco, retomada na segunda-feira passada, após passar nas mãos dos rebeldes por quatro meses.
"Nenhum povo jamais enfrentou o que a Síria enfrenta hoje. Obviamente, vossa unidade (...) é o que garante estas vitórias", destacou.
"Embora a batalha seja longa, estamos sempre preparados para enfrentar os terroristas", acrescentou, após apertar a mão de soldados.
Segundo a televisão, Assad também visitou a localidade de Ain al Tineh, onde foi ovacionado pela multidão. "Mesmo que (os rebeldes) destruam a Síria, nós a reconstruiremos", declarou.
Na segunda-feira está previsto o anúncio da data da eleição presidencial, prevista pata este ano, e a abertura do prazo para a apresentação de candidaturas. Em janeiro, Assad afirmou em entrevista à AFP que havia "fortes possibilidades" de apresentar-se para a reeleição.
Em 3 de abril, o presidente sírio falou de uma reviravolta crucial a favor do regime, após vários reveses dos rebeldes, particularmente na região de Qalamun, na fronteira com o Líbano.
Mas os insurgentes, que somam vários êxitos recentes, particularmente na região costeira de Latakia, reduto de Assad, retomaram no domingo a iniciativa em Homs.
Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), uma contraofensiva foi lançada no centro de Homs, onde tomaram o controle de vários prédios nas áreas controladas pelo regime.
As forças do regime de Assad lançaram há quase uma semana o assalto contra a cidade velha de Homs, último bastião dos rebeldes na cidade, assediada pelo exército há dois anos.
No sábado, cinco militares morreram em um atentado suicida realizado pela Frente Al Nusra (braço da Al-Qaeda ligada aos rebeldes) contra um posto do controle do exército em Jeb al Jandali.
Leia mais notícias em Mundo
A violência também sacudiu no domingo a praça Arnus, no centro de Damasco, onde um homem e seus dois filhos morreram em um ataque com obuses de morteiro. Em Aleppo (norte), 10 pessoas morreram em bombardeios contra os bairros rebeldes, segundo o OSDH.
De acordo com a agência de notícias turca Dogan, dois obuses, disparados da Síria, feriram dois civis no sul da Turquia.
No Vaticano, o papa Francisco pediu aos combatentes sírios que tenham "a audácia de negociar a paz" e pediu um fim do uso da "força para semear a morte, sobretudo contra a população indefesa" e permitir o acesso das populações "às ajudas humanitárias".