A China anunciou nesta quinta-feira (17/4) que apelará da decisão da Organização Mundial do Comércio (OMC), exigindo que retire as cotas que Pequim impõe à exportação das chamadas terras raras, um conjunto de 17 metais essenciais para fabricar produtos de alta tecnologia.
Segundo o porta-voz do ministério do Comércio, Shen Danyang, Pequim está determinado a interpor um recurso de apelação.
"Qualquer que seja o resultado, os objetivos e a política da China na defesa do meio ambiente e de proteção dos recursos continuará inalterado", acrescentou.
As cotas que a China impõe à exportação de terras raras não se justificam, avaliou no fim de março um grupo de especialistas da OMC.
Portanto, o painel deu um parecer favorável ao recurso interposto pela UE, o Japão e os Estados Unidos contra estas medidas chinesas sobre as terras raras.
O assunto remonta a 2011, quando a China decidiu introduzir cotas à exportação de terras raras para "proteger seus recursos naturais e garantir um desenvolvimento econômico sustentável".
A China assegura que representa 90% do mercado mundial de terras raras, apesar de que só abrigue 23% das reservas mundiais destes recursos.
As terras raras são elementos químicos que entram na composição de muitos produtos tecnológicos de última geração.