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Ucrânia "está à beira da guerra civil", diz premiê russo, Dmitri Medvedev

O governo pró-europeu de Kiev lançou nesta terça-feira uma operação envolvendo o Exército e a Guarda Nacional no leste da Ucrânia para pôr fim à insurgência separatista pró-russa

Agência France-Presse
postado em 15/04/2014 13:04
Moscou - O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, declarou nesta terça-feira (15/4) que a Ucrânia "está à beira da guerra civil", no momento em que as autoridades de Kiev enviaram suas forças armadas para o leste do país para deter os separatistas pró-russos. "Serei breve: a Ucrânia está à beira da guerra civil, isso é aterrorizante", declarou, citado pelas agências de notícias russas, durante uma coletiva de imprensa.

Primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev: o diálogo com os cidadãos de todas as regiões é o único caminho para a Ucrânia
"Espero que todos aqueles que têm o poder de tomar decisões - falo também das autoridades (...), que chegaram ao poder após uma revolta - tenham bom senso suficiente para não levar o país a uma situação terrível", acrescentou. O governo pró-europeu de Kiev lançou nesta terça-feira uma operação envolvendo o Exército e a Guarda Nacional no leste da Ucrânia para pôr fim à insurgência separatista pró-russa.

[SAIBAMAIS]"O diálogo com os cidadãos de todas as regiões é o único caminho para a Ucrânia", considerou o primeiro-ministro russo, que também pediu ao Ocidente para colocar as mãos em seus bolsos para salvar o país de um desastre econômico. "Todos aqueles que dizem que devemos ajudar a Ucrânia devem finalmente fazer alguma coisa. Falo a nossos parceiros europeus e a nossos parceiros no exterior. Que deem ao menos um dólar", ironizou.



"Eternas promessas: Vamos dar um bilhão, vamos transferir cinco bilhões. Nesse caso, que deem alguma coisa", disse Medvedev. O primeiro-ministro russo também indicou que as várias reduções do preço do gás concedidas no passado pela Rússia permitiram a Ucrânia economizar mais de 100 bilhões de dólares ao longo dos últimos vinte anos.

"Desde o momento em que a Ucrânia obteve a sua independência, bem como todas as outras ex-repúblicas da URSS, nós fornecemos uma enorme e muito importante ajuda a este país", declarou.

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