Bangcoc - Uma pessoa morreu nesta terça-feira (15/4) em Bangcoc em um acampamento de manifestantes que pedem a renúncia do governo da Tailândia, palco há meses de uma grave crise política, informaram os serviços de socorro. Um desconhecido matou de madrugada um homem de 40 anos perto do parque Lumpini, no centro de Bangcoc, onde se concentram as manifestações, afirmou a fonte.
A vítima formava parte do serviço de segurança do movimento antigovernamental, segundo seu porta-voz, Akanat Promphan. "Não sabemos quem é o responsável", declarou. A polícia diz que não há registro do incidente e não se dirigiu ao local. Os guardas de segurança dos manifestantes costumam limitar o acesso ao acampamento.
Os manifestantes exigem há mais de cinco meses a renúncia da primeira-ministra Yingluck Shinawatra e o fim da influência de seu irmão Thaksin. A oposição acusa o ex-chefe de governo, deposto por um golpe de Estado em 2006, de seguir governando através de sua irmã a partir do exílio e de ser responsável por uma corrupção generalizada.
Desde o início da crise política, os ataques com granada e os tiroteios deixaram 25 mortos e centenas de feridos, entre eles muitos manifestantes. A violência diminuiu desde que os manifestantes colocaram fim em março à ocupação de vários cruzamentos de estradas da capital, para se concentrar no parque Lumpini.
Os manifestantes querem substituir o governo por um conselho do povo não eleito. Desde o golpe de Estado de 2006, a Tailândia viveu várias crises políticas que levaram às ruas tanto os partidários quanto os opositores de Thaksin, que vive no exílio para evitar uma pena de prisão por peculato.