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Exército da Síria lança ofensiva contra antigo setor da cidade de Homs

A emissora oficial síria falou da morte de um determinado número de rebeldes

Damasco - O Exército sírio lançou nesta terça-feira (15/4) uma ofensiva contra o setor antigo da cidade de Homs, no leste, controlado por rebeldes, informou a televisão oficial.

"O Exército e a defesa nacional (milícias pró-regime) conseguiram êxitos importantes na parte velha de Homs avançando para os bairros de Juret al Shiya, Hamidiye, Bab al Hud e Wadi al Saye", afirmou a emissora síria, que falou da morte de um determinado número de "terroristas". O governo usa o termo terrorista para designar os rebeldes.

Já os insurgentes anunciaram que receberam pela primeira vez, em outras zonas do país, 20 mísseis antitanque do tipo TOW, de fabricação americana. Não informaram, entretanto, quem foi o fornecedor.

As tropas do presidente Bashar al-Assad têm bombardeado Homs há cerca de dois anos. Um ativista do Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), ONG sediada na Inglaterra, confirmou a operação.

"É a primeira vez que o regime entra em uma zona cercada desde que tomou Jaldiye", afirmou Abu Bilal, pela Internet

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O militante Abu Fahmi, também contactado pela Internet, contou que os ataques eram "muito, muito intensos". Eles nos bombardeiam com todo tipo de armas", acrescentou.

O diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman, explicou que "operação militar começou ontem (segunda) com o desembarque de soldados para reforçar as tropas" de Al-Assad.

Recentemente, o governo conquistou várias cidades que estavam sob domínio dos rebeldes, sobretudo, na região de Qalamun, na fronteira com o Líbano. Seu principal objetivo continua sendo Homs, considerada a "capital da revolução".

Os rebeldes que receberam os mísseis são do movimento Hazm, formado por ex-militares e considerados moderados.

"Dezenas de combatentes foram treinados com ajuda internacional para utilizar esses mísseis", informou uma fonte, pedindo anonimato.

Os rebeldes sírios, divididos em vários grupos hostis entre si, sofrem de inferioridade armamentista em relação às forças do governo.