Washington - O Tesouro dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira a imposição de sanções contra seis líderes separatistas da Crimeia, um ex-líder ucraniano e uma companhia de gás, todos suspeitos de ameaçar "a paz e a estabilidade na Ucrânia.
"A Crimeia é um território ocupado. Nós vamos continuar a impor custos contra aqueles que continuam a violar a integridade do território e a soberania da Ucrânia", afirmou em um comunicado o sub-secretário do Tesouro, David Cohen.
[SAIBAMAIS]Entre os punidos estão a autoridade que assinou o acordo com Moscou de separação da península autônoma e o ex-líder governista do Parlamento ucraniano, Sergei Tsekov, que ajudou a abrir caminho para o referendo de março na Crimeia.
Os Estados Unidos também anunciaram sanções contra a companhia de gás Chernomorneftegaz, que teve seus ativos confiscados pelo Parlamento da Crimeia, hoje administrados por Moscou.
As sanções -que resultam em um congelamento dos ativos nos Estados Unidos de todos os envolvidos- afetam também Aleksei Chaliy, prefeito de Sebastopol, que assinou o acordo para unir a Crimeia à Rússia em 16 de março.
Duas autoridades que participaram da organização do referendo -entre elas o vice-primeiro-ministro da Crimeia, Rustam Temirgaliev- e dois funcionários eleitorais também foram punidos.
Por fim, a decisão dos Estados Unidos envolve o antigo chefe dos serviços de segurança da Ucrânia, Pyotr Zima, destituído depois de ter jurado lealdade às novas autoridades da Crimeia.
Os Estados Unidos haviam advertido nos últimos dias que imporiam mais sanções devido à crise na Ucrânia, enquanto exigem que a Rússia aja para reduzir a tensão. Para Washington, um passo importante neste sentido seria a retirada das tropas russas da fronteira com o leste da Ucrânia.
Uma primeira rodada de sanções foi imposta em março, principalmente a funcionários e empresários próximos ao presidente russo, Vladimir Putin.