Agência France-Presse
postado em 10/04/2014 08:14
Washington - O mexicano Ramiro Hernández, 44 anos, foi executado nesta quarta-feira com uma injeção letal em uma prisão do Estado do Texas, informou uma fonte da Autoridade Penitenciária.Hernández, condenado à pena capital em 2000 por estupro e assassinato, foi declarado morto às 18H28 local (20H28 Brasília), apesar do pedido de diversas entidades humanitárias para suspender a execução.
Em suas últimas palavras, Hernández disse que não lamentava nada e pediu aos jovens que escutem seus pais e se dediquem ao estudo.
"Não sinto pena ou culpa. Tudo o que tenho é amor. O amor vencerá. Graças a Deus, agora vou para o Senhor", declarou Hernández antes de receber a injeção letal.
[SAIBAMAIS]
O governo do México expressou seu "mais enérgico protesto" pela execução de Hernández, afirmando que o ato "viola uma decisão da Corte Internacional de Justiça", que obrigava os Estados Unidos "a revisar e a reconsiderar o veredicto e a pena capital".
Hernández é o quarto mexicano executado nos Estados Unidos, apesar da sentença da Corte Internacional de Justiça que há uma década decretou a revisão de 50 casos por violação dos direitos consulares dos condenados. A Anistia Internacional qualificou a execução de Hernández como um ato ilegal, que ignorou o direito.
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"Não há nada mais absurdo que uma atrocidade cometida em nome da Justiça", afirmou Perseo Quiroz, diretor-executivo da Anistia Internacional no México. "O que ocorreu hoje não foi nada além que um assassinato, um crime fundamentado no preconceito racial".
A Anistia havia solicitado nos últimos dias ao governador do Texas, o republicano Rick Perry, que detivesse a execução de Hernández.