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Francês e britânico morrem baleados em missão da ONU na Somália

Representante da ONU na Somália, Nicholas Kay, informou que as vítimas eram "dois consultores que trabalhavam para o Escritório das Nações Unidas contra as Drogas e o Crime (UNODC)"

Dois funcionários da ONU - um francês e um britânico - foram mortos a tiros nesta segunda-feira (7/4) no aeroporto de Galkayo, centro da Somália, em um ataque festejado pelo grupo islâmico "shebab", informaram fontes oficiais.

"As vítimas têm nacionalidade francesa e britânica", declarou o diretor da luta contra a pirataria na região de Puntland, Abdirisak Mohamed Dirir.

Um porta-voz do Foreign Office confirmou à AFP que uma das vítimas era britânica. Uma fonte somali revelou a nacionalidade francesa da segunda vítima.

O representante da ONU na Somália, Nicholas Kay, informou que as vítimas eram "dois consultores que trabalhavam para o Escritório das Nações Unidas contra as Drogas e o Crime (UNODC)" baleados "por homens armados" no aeroporto de Galkayo.

Segundo Mohamed Mire, funcionário da força de segurança somali, os dois homens "foram atingidos por tiros no aeroporto quando desembarcavam do avião".

Os funcionários mortos deveriam permanecer dois dias em Galkayo para analisar com as autoridades locais transferências de verbas e questões bancárias.

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Galkayo é uma cidade na fronteira entre as regiões autônomas autoproclamadas de Puntland e Galmudug. Uma fonte da equipe de segurança do aeroporto de Galkayo, que pediu anonimato, afirmou que o atirador estava com uniforme da polícia, parecia "mentalmente desequilibrado" e foi detido.

O ataque não foi reivindicado, mas os rebeldes islâmicos "shebab" festejaram a ação: "o assassinato de dois funcionários da ONU em Galkayo são uma obra santa de um patriota".

Segundo um porta-voz dos rebeldes, o francês e o britânico eram espiões e seu assassinato é "bem-vindo". "Não foi uma operação nossa, mas apoiamos qualquer um que mate membros das Nações Unidas".

O presidente francês, François Hollande, condenou o "covarde assassinato" dos dois funcionários, e o departamento americano de Estado pediu às autoridades "que investiguem a fundo este crime para levar seus autores à Justiça".

A Somália está sem governo efetivo e em estado de guerra civil há 20 anos. A situação permitiu a ação de várias milícias, de insurgentes islamitas e de grupos piratas que reinam sobre diversas áreas do território.