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Papa Francisco decide manter em funcionamento o Banco do Vaticano

O banco foi envolvido no passado em operações de lavagem de dinheiro


Desde que chegou ao Vaticano, Francisco se comprometeu a realizar uma reforma do IOR, uma instituição afetada por muitos escândalos, incluindo lavagem de dinheiro da máfia. O papa solicitou a especialistas e comissões que estudassem a melhor forma de transformá-lo em uma instituição mais transparente.

As organizações criminosas aproveitavam do anonimato para lavar seus fundos. Em julho passado, o papa tinha acelerado a aquisição do banco demitindo dois de seus dirigentes.

O IOR é o canal através do qual transitam os fundos das congregações ativas no mundo todo (escolas, hospitais, campos de refugiados, etc). As instituições católicas, os clérigos, funcionários ou ex-funcionários do Vaticano, as embaixadas e diplomatas podem ter contas na instituição.

Em janeiro, as contas de 55% dos clientes (cerca de 10.000) foram analisadas pela Promotory. Os clientes que não se enquadraram nessas categorias foram fechados.

No final de dezembro de 2012, os fundos dos clientes, no montante de 6,3 bilhões de euros, foram geridas pelo IOR, que tinha um patrimônio líquido de 769 bilhões de euros.