Islamabad - O Paquistão anunciou neste sábado (5/4) a libertação de 13 prisioneiros talibãs como um "gesto de boa vontade" para ajudar nas negociações de paz com os rebeldes, informou neste sábado o ministro paquistanês do Interior, Chaudhry Nisar Ali Khan. Na sexta-feira, os talibãs paquistaneses haviam anunciado a prorrogação, por seis meses, do cessar-fogo com o governo para dar mais tempo à libertação de seus companheiros "não combatentes" e à retirada das forças governamentais.
Leia mais notícias em Mundo
"O governo decidiu libertar 13 prisioneiros como um gesto de boa vontade", disse o ministro Chaudhry Nisar Ali Khan ao final de uma reunião entre representantes do governo e dos talibãs. O ministro pediu ao grupo islâmico que responda com a libertação do acadêmico Mohamad Ajmal, dos filhos do finado ex-governador de Punjab Salman Yaseer, do ex-primeiro-ministro Yousaf Raza Gilani e de vários funcionários estrangeiros e governamentais.
O governo abriu em fevereiro negociações com o Tehreek-e-Taliban (TTP) - formado por grupos islâmicos que combatem há sete anos o poder em Islamabad - com o objetivo de acabar com a insurgência. O grupo exige a libertação dos chamados prisioneiros "não combatentes" e a criação de uma "zona de paz" sem a presença das forças de segurança.
No mês passado, os talibãs entregaram uma lista de 300 presos "não combatentes", incluindo mulheres, crianças e idosos. Esta semana, os paquistaneses libertaram 19 membros de uma tribo ligada aos talibãs no Waziristão do Sul, na zona da fronteira afegã, que o grupo não reconheceu como seus partidários. A negociação de paz foi uma das promessas de campanha do premier Nawaz Sharif, no ano passado.