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Rússia pede à Letônia que melhore a situação dos russófonos

A ONU recomendou que a Letônia revise sua política de línguas e expressou preocupação pelo status de "não cidadão" imposto a parte da população que não fala letão

Moscou - A Rússia convocou a Letônia a aderir sem demora às recomendações do Comitê de Direitos Humanos da ONU e a aplicá-las a sua importante minoria russófona, em um comunicado publicado neste sábado. O Comitê da ONU recomendou no fim de março a este país báltico que revise sua política de línguas e expressou preocupação pelo status de "não cidadão" imposto a uma parte da população por não falar letão.

Mas Riga estima que sua legislação, estabelecida após sua independência, em 1991, e o desaparecimento da URSS, tem como objetivo corrigir a herança da época soviética.

"As autoridades deste país mostram com suas declarações uma total indiferença pelos direitos dos ;não cidadãos; e dos representantes das minorias linguísticas, assim como uma falta de respeito flagrante de suas obrigações internacionais no âmbito dos direitos humanos", afirma o ministério russo das Relações Exteriores em um comunicado.

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"Esperamos que as autoridades deste país apliquem sem demora as recomendações do Comitê de Direitos Humanos", acrescenta o ministério. O letão é a única língua oficial na Letônia, um país de dois milhões de habitantes membro da União Europeia (UE) e da Otan.

Moscou anexou a Letônia na Segunda Guerra Mundial. Na época, milhares de letões foram deportados à Sibéria, e populações russófonas foram enviadas à Letônia.