A Missão da ONU na República Democrática do Congo (RDC) anunciou nesta quarta-feira (2/4) em Kinshasa que prepara a sua retirada gradual do país, após anos de presença e apesar do conflito armado que persiste, principalmente no leste do país.
O Conselho de Segurança renovou no final de março por um ano o mandato da Missão das Nações Unidas para a Estabilização na RDC (Monusco) e de sua brigada de intervenção, responsável por "neutralizar" todos os grupos armados, congoleses e estrangeiros.
Em conformidade com a resolução 2147, "preparamos a partida da Monusco (...) uma estratégia de saída", indicou Martin Kobler, chefe da missão, durante uma coletiva de imprensa.
"Nós não vamos partir amanhã (...) Este é um processo gradual (...), mas está claro que devemos definir parâmetros, os critérios que devem ser atendidos antes da partida da Monusco", acrescentou.
Desde o final de 2013, a maior parte das tropas (cerca de 20 mil soldados) está concentrada no leste do país. O comandante militar da missão é o general brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz.
De acordo com a resolução 2147, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, deve apresentar o mais tardar em 30 de dezembro de 2014 recomendações, sobretudo relativas "à estratégia de saída e à transferência eficiente dos recursos da Monusco".