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Congresso dos EUA prevê ajuda de R$ 50 milhões à democracia ucraniana

Mais 100 milhões - ao longo de três anos - devem destinados à cooperação em matéria de segurança

Washington - Após semanas de intensas discussões, o Congresso dos Estados Unidos adotou nessa terça-feira (1;/4) um plano de ajuda à Ucrânia e um reforço das sanções contra a Rússia pela anexação da Crimeia. O projeto, aprovado por 378 votos contra 34 na Câmara de Representantes, autoriza o governo em Washington a garantir créditos a Kiev no valor total de 1 bilhão de dólares, e prevê uma ajuda direta de 50 milhões de dólares à democracia, além de 100 milhões - ao longo de três anos - destinados à cooperação em matéria de segurança.

O texto já havia recebido o aval do Senado na semana passada. "A Câmara e o Senado se uniram para apoiar o povo ucraniano nestes tempos difíceis", disse o presidente da Câmara, John Boehner, imediatamente após a votação. "Agora seguiremos nos esforçando para garantir que o presidente (Barak Obama) utilize cada uma destas ferramentas - incluindo a reavaliação da assistência técnica à Ucrânia e aos aliados da Otan e a expansão do fornecimento de energia por parte dos Estados Unidos - para minar o domínio abusivo da Rússia sobre a Europa".



Obama saudou a aprovação do projeto, que dará à Ucrânia "elementos para recuperar a estabilidade econômica e voltar ao caminho da prosperidade e do crescimento", disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney. O governo também "apoia as sanções incluídas no projeto de lei para impor um custo a pessoas e entidades responsáveis por atos de violência contra o povo ucraniano que minam a paz, a estabilidade e a integridade territorial da Ucrânia".

[SAIBAMAIS]O texto inclui sanções contra pessoas vinculadas ao processo de anexação da Crimeia e à violenta repressão de manifestações por parte do antigo governo da Ucrânia, e concede a Obama flexibilidade para sua aplicação.

Washington está analisando o envio de um navio de guerra ao Mar Negro e a ampliação das manobras militares previstas para este verão na Europa, com o propósito de apoiar seus aliados no leste europeu, preocupados com a intervenção russa na Crimeia. "Entre as propostas está o envio de um navio americano ao Mar Negro", revelou um funcionário que viajava com o secretário de Defesa, Chuck Hagel, rumo ao Havaí para a reunião da Asean.

Os militares analisam ainda como ampliar as manobras militares previstas para este verão na Europa, com uma Brigada da Divisão de Cavalaria, destacou o funcionário.

Uma delegação de oficiais do Exército viajará "em breve" à Europa para discutir isto com os países aliados. Chuck Hagel se negou a confirmar se os Estados Unidos planejam enviar tropas de forma permanente ao leste da Europa. Atualmente, 67 mil militares americanos estão estacionados na região, a maioria na Alemanha.