A médica cubana Ramona Rodriguez, que se desligou do Programa Mais Médicos, deixou no último domingo (30) o seu trabalho na Associação Médica Brasileira (AMB), onde trabalhava desde fevereiro, depois de receber asilo político dos Estados Unidos.
Ramona trabalhava pelo Mais Médicos no município paraense de Pacajá, mas deixou o programa por não concordar que os profissionais cubanos recebessem, na época, US$ 400 (aproximadamente R$ 960) enquanto os demais participantes têm salário de R$ 10 mil.
Leia mais notícias em Mundo
Ela comunicou sua demissão no domingo e desembarcou na manhã da segunda-feira (31) em Miami, estado americano da Flórida. Segundo a AMB, a partida para os Estados Unidos foi motivada pelo apoio do governo americano a profissionais da saúde cubanos em situação de instabilidade com o regime político da ilha. A médica chegou a pedir, por meio da AMB, asilo político ao Brasil, mas não recebeu resposta.
O Ministério Público do Trabalho entrou na Justiça na última quinta-feira pedindo, entre outras coisas, a isonomia salarial entre médicos brasileiros e estrangeiros do Mais Médicos.