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Espião israelense detido nos EUA pode ser peça-chave em negociações de paz

O Departamento de Estado e a Casa Branca se limitaram até agora a repetir que Jonathan Pollard "foi declarado culpado de espionagem e cumpre sua pena"



Pollard, um ex-especialista da marinha americana que atualmente tem 59 anos, transmitiu a Israel milhares de documentos secretos sobre as atividades de inteligência americanas no mundo árabe. A embaixada de Israel em Washington rejeitou seu pedido de asilo político e negou-se a acolhê-lo, pouco antes de sua prisão em 1985: mas dez anos depois o governo concedeu a ele a nacionalidade israelense e em 1998 o reconheceu oficialmente como um agente israelense.

Em 1998 já havia se falado de uma libertação de Pollard em troca da liberação de prisioneiros palestinos. Mas o acordo entre Benjamin Netanyahu, que cumpria na época seu primeiro mandato como chefe de governo, e o líder palestino Yasser Arafat, não se concretizou. Este caso provoca tensões há 20 anos na relações entre israelenses e americanos. A prisão de Jonathan Pollard desencadeou uma crise que apenas se resolveu com a promessa dos israelenses de colocar fim a todas as suas atividades de espionagem no território americano.