Kuala Lumpur - As últimas comunicações entre os pilotos do voo MH370 da Malaysia Airlines, desaparecido em 8 de março, e o controle aéreo não revelam nada anormal, anunciaram nesta terça-feira (1;/4)as autoridades malaias, enquanto as buscas pelos destroços e caixas-pretas da aeronave prosseguem no Oceano Índico. Um navio da Marinha australiana, o Ocean Shield, deixou Perth (oeste da Austrália) segunda-feira à noite transportando uma sonda de 35 kg (Towed Pinger Locator) capaz de captar as emissões acústicas das caixas-pretas da aeronave.
A região de busca foi modificada no final de semana, após novos cálculos sobre a trajetória do avião. Além disso, a análise das últimas comunicações entre os pilotos do voo MH370 e o controle aéreo não revelam nada anormal, segundo o ministro malaio dos Transportes, Hishammuddin Hussein. Publicadas integralmente pela primeira vez nesta terça-feira, as 43 comunicações feitas ao longo de 54 minutos, repletas de detalhes sobre o tráfego aéreo, não revelaram nenhum elemento que aponte algum problema na aeronave.
A transcrição conclui com uma comunicação do controle aéreo da Malásia, que deseja ;boa noite; aos pilotos do MH370 e pede que entrem em contato com os controladores do Vietnã, cujo espaço aéreo deveriam sobrevoar. A última comunicação dos pilotos ocorreu à 1h19 (hora local), na qual um deles afirma: "Boa noite, Malaysian três, sete, zero".
Até o momento, as autoridades e a companhia haviam informado que a última mensagem dos pilotos havia sido: "Tudo bem, boa noite". A frase, muito informal, alimentou a especulação de que um dos pilotos, o capitão Zaharie Ahmad Shah, de 53 anos, ou o oficial Fariq Abdul Hamid, de 27, desviou a aeronave. O governo da Malásia foi muito pressionado para esclarecer este ponto e finalmente corrigiu a informação, com a publicação completa da transcrição das comunicações.