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Comissão eleitoral iraquiana retira sua renúncia e nove morrem em ataques

Membros da comissão eleitoral apresentaram sua renúncia coletiva na terça-feira em protesto contra as "interferências" políticas e judiciais no processo eleitoral

Bagdá - A comissão eleitoral do Iraque, que pediu demissão em massa na semana passada, a um mês das eleições gerais do país, retirou neste domingo a sua renúncia, após apelos da missão da ONU em Bagdá, informou a televisão estatal.

Os nove membros da comissão eleitoral apresentaram sua renúncia coletiva na terça-feira em protesto contra as "interferências" políticas e judiciais no processo eleitoral.

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A emissora Iraquija, que citou o comissário eleitoral Gaata Zobaie, afirmou neste domingo que o comitê retirou a sua demissão.

A renúncia em massa da comissão fez temer pelo adiamento das eleições gerais, marcadas para 30 de abril, especialmente em um contexto de violência e crise política no país.

Pelo menos nove pessoas morreram neste domingo em vários ataques no Iraque, principalmente em áreas sunitas, a apenas um mês das eleições legislativas.

Sábado à noite, outros sete soldados foram mortos em um tiroteio em um posto de controle no norte.

A violência no Iraque tem sido alimentada pelo conflito na vizinha Síria e o descontentamento da minoria sunita, que se considerada discriminada pelas forças de segurança e as autoridades, dominadas por xiitas.

A violência deixou mais de 400 mortos em março e mais de 2.100 desde o início do ano, de acordo com cálculos da AFP com base em dados de fontes médicas e de segurança.