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Presidente chinês Xi Jinping conclui na Bélgica primeiro giro pela Europa

A visita de três dias teve como objetivo "aprofundar a relação" entre a China e a UE, seu maior parceiro comercial declarou o líder chinês

Bruxelas - O presidente chinês, Xi Jinping, iniciou neste domingo, ao lado de dois pandas, uma visita de Estado à Bélgica, pontuada por uma visita histórica à União Europeia, ao final de um giro pela Europa.

Esta visita de três dias teve como objetivo "aprofundar a relação" entre a China e a UE, seu maior parceiro comercial declarou o líder chinês, em um artigo publicado no sábado pelo jornal belga Le Soir. Sendo "o coração da Europa", a Bélgica, sexto maior parceiro comercial da China na UE, tem um papel importante, ressaltou.

Ilustrando "a amizade" bilateral, o primeiro compromisso na Bélgica foi inaugurar no início da tarde no parque de animais de Pairi Daiza (sul) o pavilhão que irá hospedar dois pandas gigantes, emprestados no final do mês de fevereiro por 15 anos por Pequim à Bélgica, como parte de sua "diplomacia do panda".

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A cerimônia contou com a presença de Xi e sua esposa, a popular cantora Peng Liyuan, e do casal real belga, Philippe e Mathilde. Segunda-feira, Xi Jinping se tornará o primeiro presidente chinês a realizar uma visita oficial à União Europeia, o que reflete uma vontade da UE, dez anos após o lançamento de uma parceria estratégica global entre as duas partes.

No final da tarde, Xi se reunirá com os presidentes do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, do Parlamento Europeu, Martin Schulz, e da Comissão Europeia, José Manuel Barroso.

O presidente chinês declinou um convite para participar de uma coletiva de imprensa.

Antes da chegada de Xi, UE e China apaziguaram suas relações comerciais, que pesam 1,3 bilhão de euros por dia, tensas em 2013.

Desta forma, Bruxelas desistiu esta semana de levar adiante investigações sobre práticas anti-concorrenciais no setor de telecomunicações chinês, após o encerramento em Pequim de uma investigação antidumping sobre vinhos europeus.

Mas outras disputas permanecem. Pequim exige o levantamento do embargo sobre as armas que a UE impõe desde a repressão do movimento democrático na Praça da Paz Celestial, em 1989.

Sobre a crise ucraniana, o embaixador da China para a UE, Yang Yanyi, também ressaltou a oposição de seu país às sanções contra Moscou adotadas pelos 28 membros do bloco e os Estados Unidos.

Organizações de defesa dos direitos humanos, incluindo a Human Rights Watch, pediram por sua vez à UE para questionar seu anfitrião sobre as violações dos direitos humanos no Tibete e em outros lugares na China.

A Anistia Internacional afirmou que lhe foi negada a permissão para manifestar no decorrer da passagem do líder chinês na região, mas um protesto a distância, em frente ao Parlamento Europeu, está previsto para segunda-feira ao meio-dia.

Após o encontro com os líderes europeus, o presidente chinês se reunirá com o primeiro-ministro belga, Elio Di Rupo, para assinar vários acordos econômicos bilaterais.

No entanto, esses acordos se anunciam modestos após os contratos firmados com a França e a Alemanha.

A promoção dos investimento chinês na Bélgica também vai estar no centro da visita do líder chinês na terça de manhã à fábrica da Volvo em Ghent (norte), comprada da Ford em 2010 pela montadora chinesa Geely.

Xi e sua esposa, que visitará na segunda-feira no Museu de Instrumentos de Bruxelas uma exposição que celebra 200 anos de saxofone, devem deixar Bruxelas terça-feira no início da tarde.