Roma - Dois ex-diretores do Banco do Vaticano serão julgados por lavagem de dinheiro, informou nesta sexta-feira (28/3) a Justiça italiana.
Paolo Cipriani, ex-diretor-geral do Banco, oficialmente chamado de Instituto para as Obras da Religião (IOR), e seu vice, Massimo Tulli, são acusados de lavagem de dinheiro envolvendo 23 milhões de euros.
Segundo a imprensa italiana, Cipriani e Tulli aprovaram pagamentos suspeitos, enquanto o então presidente do banco, Ettore Gotti Tedeschi, tentava aplicar as leis contra a lavagem de dinheiro.
Os dois homens apresentaram sua demissão no ano passado, três dias após a prisão de um contador do Vaticano, monsenhor Nunzio Scarano, por transferências suspeitas envolvendo o banco. Gotti Tedeschi, demitido em 2012, foi declarado inocente.
O Banco do Vaticano, que administra as contas de religiosos e congregações católicas de todo o mundo, tem péssima reputação, mas o Vaticano promete combater a corrupção interna e aplicar as leis internacionais.
Em 2012, o IOR tinha cerca de 6,3 bilhões de euros em ativos e 18.900 clientes.