O jornal "Al-Dustur", onde a jornalista trabalhava, confirmou em sua página na Internet a morte de Mayada Achraf, com um tiro na cabeça.
A polícia intercedeu na hora em que Mayada se separou de um de seus colegas, Mohamed Rabie, que tentou entrar em contato com ela por telefone, contou ele.
"Foi um manifestante que atendeu e me disse que ela estava morta", relatou Rabie, que encontrou o corpo da jornalista em uma mesquita, para onde tinha sido levada pelos islâmicos.
Em seu último artigo publicado nesta sexta-feira, no site do Al-Dustur, Mayada indicou que confrontos armados eram travados envolvendo partidários de Mursi.
Um porta-voz do Ministério do Interior acusou os seguidores do presidente deposto Mohamed Mursi de serem responsáveis pelas mortes. Já um dos manifestantes disse à AFP que a polícia abriu fogo no momento em que a multidão começava a se dispersar.
O protesto aconteceu no bairro Ains Chams, no norte da capital. Os manifestantes tomaram as ruas de diversas cidades do país nesta quinta para protestar contra o anúncio, feito há dois dias, da candidatura presidencial de Al-Sissi, responsável pela deposição do líder islamita em julho.