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ONU prolonga mandato de comissão sobre direitos humanos na Síria

A Síria, que não integra o conselho, criticou a resolução

O Conselho de Direitos Humanos da ONU prolongou nesta sexta-feira (28/3) o mandato da comissão de investigação independente sobre as violações dos direitos humanos na Síria, presidida pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro.

A resolução, apresentada por Arábia Saudita e Grã-Bretanha, recebeu 32 votos favoráveis, quatro contrários (incluindo Rússia e China) e 11 abstenções. A Síria, que não integra o conselho, criticou a resolução, que destaca, entre outras coisas, "as responsabilidades do governo" sírio na "recusa a ajuda humanitária aos civis".



A resolução pede a todos os grupos presentes na Síria que se abstenham de atos de represália e de violência. Também manifesta a "profunda preocupação com o desenvolvimento do extremismo e dos grupos extremistas". A comissão, criada em setembro de 2011, deve investigar os crimes de guerra e contra a humanidade cometidos na Síria, onde uma guerra civil provocou 146.000 mortes em pouco mais de três anos.

Integrantes da comissão não conseguiram entrar na Síria. O trabalho é baseado sobretudo em depoimentos, fotos de satélites, documentos visuais e informações recebidas de diferentes organismos e organizações.